quarta-feira, 30 de maio de 2012

Material Didático usado no Projeto


Gêneros Poéticos
"Todas as coisas têm seu mistério, e a
poesia é o mistério que todas as coisas têm."
(García Lorca)                            
Poesia é a forma de expressão lingüística destinada a evocar sensações, impressões e emoções por meio da união de sons, ritmos e harmonias, utilizando-se vocábulos essencialmente metafóricos.
A poesia surgiu intimamente ligada à música. A poesia dos aedos gregos e trovadores medievais promovia a união entre a letra do poema e o som. Ao longo dos anos, este vínculo foi se intensificando, mas houve uma distinção técnica entre a música (que passou a ser escrita em pautas) e a poesia que preservou a rítmica natural, e passou a ser construída por meios gramaticais. Posteriormente, a poesia ganhou fundamentos e regras próprias.
Existe alguma divergência entre o que significa Poema e Poesia. Para efeito geral, considera-se que são sinônimos; mas para a definição acadêmica, Poesia é o gênero de composição poética e Poema é a obra deste gênero.
Para que entendamos melhor, vejamos a definição de Poema segundo o eminente escritor, Assis Brasil:
"Poema é o "objeto" poético, o texto onde a poesia se realiza, é uma forma, como o soneto que tem dois quartetos e dois tercetos, ou quatorze versos juntos, como é conhecido o soneto inglês. Um poema seria distinto de um texto ou estrofes. Quando essa nomenclatura definitiva é eliminada, passando um texto a ser apresentado em forma de linhas corridas, como usualmente se conhece a prosa, então se pode falar em poema-em-prosa, desde que tal texto (numa identificação sumária e mecânica) apresente um mundo mais "poético", ou seja, mais expressivo, menos referente à realidade. A distinção se torna por vezes complexa. (...) a poesia pode estar presente quer no poema que é feito com um certo número de versos, quer num texto em prosa, este adquirindo a qualidade poema-em-prosa".
Já Poesia, Assis Brasil define assim:
"(...) uma manifestação cultural, criativa, expressiva do homem. Não se trata de um 'estado emotivo', do deslumbre de um pôr-do-sol ou de uma dor-de-cotovelo; é muito mais do que isso, é uma forma de conhecimento intuitivo, nunca podendo ser confundido o termo poesia com outro correlato: o poema".
Os Gêneros Literários
A palavra Gênero vem do latim Generu, que significa família; ou seja, agrupamento de indivíduos ou seres que têm características comuns. Portanto, os gêneros literários são agrupados por suas semelhanças.
Platão foi o primeiro autor a se preocupar em separar as obras literárias em três gêneros:
  • tragédia e comédia (teatro);
  • poesia lírica, ou ditirambo;
  • poesia épica.
Este conceito foi adotado na civilização greco-romana e se estendeu até o Renascimento, onde houve uma super valorização da produção da Antigüidade. Platão acreditava que os gêneros pré-existiam aos autores, e cada segmento possuía regras próprias que deviam ser obedecidas rigorosamente, não havendo portanto, influência de um gênero sobre o outro. Porém, no século XIX os autores românticos romperam os limites dos gêneros imutáveis, e adotaram os gêneros comunicantes, resultando na criação de novos segmentos como o drama.
Neste caso, os gêneros eram adaptados às espécies (formas) que lhes eram mais adequados a própria expressão, sendo em prosa ou verso. O épico, narrativo e grandioso, exigia versos maiores e solenes. O lírico, às vezes tranqüilo, outras vezes intempestivo, adequava-se a forma de poemas pequenos e graciosos, ou maiores e mais densos.
Gênero
Espécie
Lírico (geralmente em verso)
Soneto, ode, elegia, madrigal, etc.
Épico (em verso)
Epopéia, poema e poemeto
Dramático (prosa ou verso)
Tragédia, comédia e drama
 
O Gênero Lírico
A palavra lírico vem do latim, que significa lira; instrumento musical usado para acompanhar as canções dos poetas da Grécia antiga, e retomado na Idade Média pelos trovadores.
Pode-se dizer que o gênero lírico é a expressão do sentimento pessoal. "É a maneira como a alma, com seus juízos subjetivos, alegrias e admirações, dores e sensações, toma consciência de si mesma no âmago deste conteúdo" (Hegel).
De fato, o poeta lírico é o indivíduo isolado que interessa-se somente pelos estados da alma. É aquele que preocupa-se demasiadamente com as próprias sensações voltado para si. O universo exterior só é considerado quando existe uma identificação, ou é passível de ser interiorizado pelo poeta.  
O Gênero Épico
O termo Épico vem do grego Epos, narrativa ou recitação. A poesia épica nasceu no Ocidente com Homero, poeta grego autor do que seria os primeiros modelos deste gênero: Ilíada e a Odisséia.
Na Idade Média, principalmente entre os séculos XII à XIV, surgiram várias narrativas que afastavam-se dos padrões clássicos. Eram inspirados em façanhas de guerra da cavalaria andante. Os mais conhecidos são: a Canção de Rolando, o Romance de Alexandre e os Romances da Távola Redonda. 
O Gênero Dramático
No poema dramático, a história é contada através das falas dos personagens. As peças de teatro escritas em verso constituem forma de poesia dramática. Em sentido amplo, também pode ser considerado um exemplo o Caso do Vestido, de Carlos Drummond de Andrade. Através de uma suposta conversa entre mãe e filhas, o leitor acompanha uma história de amor e traição e tem os elementos para reconstituir o caráter e os sentimentos dos personagens principais.

Brasil, Assis - Vocabulário técnico de literatura. São Paulo: Tecnoprint, 1979
Adaptado por Spectrum

                          




Texto sobre pintura , “Pintura”.

Pintura

As superfícies
            Pintura é a atividade artística que consiste na aplicação de pigmentos coloridos em um plano bidimensional, geralmente em uma superfície previamente preparada para tal uso.
              A superfície de aplicação dos pigmentos também pode variar, desde murais e paredes até as telas próprias para pintura.
            A pintura pode ser vinculada tanto à produção de imagens decorativas quanto imagens de reapresentação, seja esta figurativa ou abstrata.
As técnicas
              Há vários tipos de pintura, como os afrescos, pintura a óleo - através de pigmentos diluídos num solvente -, pintura mural - feita ou aplicada sobre uma parede -, pintura a têmpera - pigmentos dissolvidos num adstringente, como a cola, etc.
              Os mosaicos também são considerados uma espécie de pintura.
O mosaico
            Trata-se do arranjo de pequenos pedaços de vidros coloridos, pedras (como o marfim), cerâmica e outros materiais adequados numa placa de plástico ou cimento preparada de forma a aderir esses fragmentos. Costuma ser classificado como um tipo de pintura.
            Os romanos foram os primeiros a se dedicaram ao aprimoramento dessa técnica na realização de seus pavimentos.
            Entretanto, na Idade Média talvez tenhamos os exemplos de mosaicos mais famosos, tanto no interior das Igrejas Cristãs quanto na arte bizantina.
            Costuma ser usado para realizar desenhos ou planos coloridos. É encontrado especialmente adornando paredes e abóbadas.
            Seu uso em exteriores é mais comum na arquitetura moderna, mas pode ser encontrado em algumas fachadas de igrejas medievais.
            O mosaico realizado pelo artista brasileiro Rodrigo de Haro na fachada da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina é uma belíssima amostra de um mosaico contemporâneo.
            Costumam ser mais freqüentes nas obras realizadas em larga escala. Entretanto, existem alguns exemplos de mosaicos portáteis e realizados em pequenos objetos, comuns na arte Asteca mexicana.
Penso, logo
faço pinturas
            Essa forma de expressão artística existe há muito tempo na História da humanidade, como demonstram as pinturas rupestres, realizadas por homens pré-históricos em rochas ou cavernas.
A atividade da pintura já surge nos primórdios da história do homem, como pode ser observado nas pinturas encontradas nas cavernas em Altamira (Espanha) e Lascaux (França), em 25.000 aC.
            Nos sítios de Nice, na França, há evidências da existência de pinturas, de esculturas em pedra e mármore que datam de cerca de 25.000 anos atrás, revelando a origem de uma expressão estética, fato que separa radicalmente o homem das outras espécies.
Por todo mundo antigo
            O continente africano também possui algumas amostras da existência antiqüíssima da representação pictórica. Nestas pinturas, há a constante representação, por exemplo, de elementos ritualísticos.
            Também na Europa, foram encontrados exemplos de pinturas parietais em por volta de duas centenas de cavernas, situadas principalmente na Europa, sobretudo na Espanha, em Altamira, e na França, em Lascaux.
            Tais pinturas consistiam da representação de animais a serem caçados, provavelmente tendo a função de "bom agouro" para as caçadas que se sucediam. A pintura deste momento apresentava formas bastante rudimentares, com a representação extremamente concisa de animais como cavalos e búfalos.
Egípcios e gregos
            A cultura egípcia foi a mais antiga, e que produziu um conjunto considerável de obras na pintura. O conjunto de sua pintura, desenvolvido ao longo de três milênios, refletiu as tradições da cultura em que esteve contextualizada através das convenções iconográficas que marcavam o uso de imagens.
            Essas convenções baseavam-se em signos visuais utilizados para a representação de objetos e ações, o que tornava a obra bastante acessível e compreensível.
            Os artistas de Creta e das civilizações minóicas (por volta de 2000 a.C.) apresentavam conceitos estéticos bastante diversos dos egípcios.
MINOICA (adj.) Referente ao período cretense que se estende do terceiro milênio a.C. a cerca de 1580 a.C.
            Os exemplares que restaram das pinturas dessas civilizações - fragmentos de afrescos e mosaicos - demonstram uma arte bem diversa da dos egípcios: a fluidez das imagens, a representação de ações vigorosas.
A pintura minóica teve a ênfase representativa direta no desenvolvimento da arte grega, da qual restaram apenas alguns exemplares, pois toda a pintura em larga escala foi perdida com os tempos.
            O que restou da pintura grega são pinturas em vasos, que revelam um crescente naturalismo em suas representações, naturalismo este que, no período helênico, influenciaria a arte e a arquitetura romana.
A era cristã mudou o
conceito de arte
            Os propósitos e o estilo da pintura foram radicalmente alterados com a queda das civilizações antigas e com a chegada da era cristã. Passou a ter grande importância, a exemplo da pintura egípcia, o simbolismo, na representação da realidade.
            A arte cristã e bizantina tendeu ao estilo hierárquico e estático, com algumas reminiscências da arte clássica.
            Já no final do Século 14, a arte gótica, surgida da França, reintroduziu a representação das figuras humanas, havendo o desenvolvimento de um naturalismo mais preciso e articulado, que registrou as sutilezas de iluminação e atmosfera.
            Houve uma retomada dos padrões artísticos da antiguidade clássica, que avançaram em meio ao Século 15. Passou a ter grande importância, nas representações gráficas encontradas nos manuscritos, a organização espacial das imagens.
O Renascimento e
o Maneirismo
            Os conceitos materialistas que surgiam com o aparecimento da classe burguesa foram se infiltrando na representação pictórica, que passou a possuir um caráter mais objetivo.
            O período da Renascença, em que a pintura passou a possuir uma organização espacial coerente e equilibrada, teve seus conceitos irradiados sobretudo a partir do grande foco das artes européias de então, a Itália.
Neste período, surgiram nomes como Boticelli, Giorgoni, Veronese, Reni, Corregio, Caracci, Perugino, Ticiano e outros. Os afrescos das capelas italianas mais famosos até hoje foram produzidos neste período por Michelangelo (afrescos da Capela Sistina).
            No Século 16, os vestígios mais tardios da Renascença, caracterizados pelo que hoje é chamado de Maneirismo, manifestavam-se através de trabalhos como os de Pontormo e Rosso Fiorentino, em que as proporções clássicas tornaram-se exageradas e as composições assumiam características mais assimétricas, revelando um novo crescimento do subjetivismo.
            A produção de El Greco teve características bastantes pessoais dentro do estilo maneirista.
O Barroco e o Rococó
            Na era barroca, são encontradas grandes diversidades nas produções dos diversos artistas da época, diversidades estas que surgem tanto em nível de estilo pessoal quanto em termos de nacionalidade da produção.
              No entanto, algumas características são constantes: o jogo de luz e sombra, o que na verdade representou o espírito do homem da época da contra-reforma.
            No Século 18, surge um novo foco dispersor das tendências artísticas na Europa. A França, mais precisamente Paris, passou a ser o centro das atividades artísticas.
            O barroco abriu caminho para o estilo de caráter eminentemente decorativo; o estilo hoje chamado rococó. Este estilo foi se encaminhando cada vez mais para a mera frivolidade decorativa.
O Romantismo e o
Neoclassicismo
            Nesse meio tempo, surgiam pintores que, inspirados pela Revolução Francesa, fundaram as bases para o Romantismo e o Neoclassicismo. Tal período artístico deu-se no final do Século 18.
            O Romantismo caracterizou-se basicamente pela representação mais subjetiva e emocional da realidade, incluindo a reapresentação de visões pessoais.
            O escritor e gravador William Blake explorou o mundo da imaginação mítica, enquanto Eugene Delacroix buscou a representação do imaginário exótico das terras distantes, assim como do poder primitivo dos animais e de imagens veiculadas à tragédia. Já o espanhol Francisco de Goya buscava explorar a face destrutiva e obscura da natureza humana.
            Com o Século 19, surgiram novos ideais estéticos e artísticos. A obra de arte passou a ser encarada como instrumento de denúncia da realidade social, desafiando a estética subjetiva romântica com a representação de caráter eminentemente objetivo.
     Um dos primeiros representantes dessa nova perspectiva artística na pintura francesa foi Gustave Coubert, cuja obra é marcada pela constante representação de figuras de extração popular.
            A concepção artística assumiu uma postura de preocupação com o desmascaramento dos fatos sociais.
O Impressionismo
            Um grupo de jovens artistas surgiu no período dos meados ao final do Século 19, tendo sido rotulados de impressionistas por uma crítica hostil as suas produções. Paul Cézanne foi responsável pela introdução de um tipo de representação pictórica em que havia a dissolução atmosférica dos objetos.
            Vincent Van Gogh foi o grande representante do pós-impressionismo.
            Na primeira década do Século 19, uma verdadeira explosão experimentalista tomou conta das artes, desencadeada pelos mestres pós-impressionistas.
            Foi o momento das vanguardas artísticas, que inicialmente teve Paris como centro, mas logo foi deflagrada por toda a Europa e pelas Américas.
A Arte Moderna
            Surgiram tendências diversas nesse contexto, como o Futurismo, o Expressionismo e o movimento mais proeminente na pintura, o Cubismo, tendo sido desenvolvido por Pablo Picasso e Georges Braque. O artista passou a realizar uma verdadeira reordenação da realidade através de sua obra.
            Caminho idêntico foi seguido pela chamada arte abstrata, que se baseia em conceitos subjetivos, não possuindo referência no mundo objetivo. Representantes dessa tendência foram Piet Mondrian e Wassily Kandinski.
            Na década de 20 surgiu uma nova tendência, que explorava imagens e realidades do subconsciente humano, tendo sido denominada Surrealismo. Salvador Dali foi o representante máximo dessa tendência.
            Nos anos 60, uma nova tendência artística foi surgindo como crítica e sátira à massificação industrial e ao consumismo, arraigados aos costumes da sociedade moderna.
              Foi a chamada "Pop Art", cujas bases foram criadas por Richard Hamilton e da qual um dos mais célebres representantes foi Andy Warhol.
Fontes: Enciclopédia Digital Master.
              Enciclopédia Koogan-Houaiss.

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Comunicação, artes plásticas, artes visuais, arquitetura, paisagismo, design,fotografia, internet e tecnologia



 Exemplos para a atividade prática


Obras e poemas inspirados nas mesmas

    

  VOZ RENITENTE


de dentro da mente
a voz renitente
... trazia a meu lado
destino traçado
que se manifesta
podando as arestas
palavras sem cor
pro lado que for
alguém escreveu
e sei, não fui eu
a tal segurança
quando a vida cansa
mas traz a tormenta
se retroalimenta
de dentro da mente
a voz renitente
alguém escreveu
e sei, não fui eu







 BRISA NO AR


Mesmo falando bastante,
mostrando-me aberto e franco,
... não trago alegria ou pranto
quando queria fazê-lo,
mas como a sinceridade
sem uma dose de zelo?

Mesmo num tempo tão pouco,
tal intento que aparece
me faz verdadeiro e leve
como a um menino tolo,
sem saber exatamente
o que ao outro acomete.

Mesmo hesitante, confesso:
toma minh’alma de assalto
tudo aquilo que me aviva, 
coração batendo alto
no momento em que ele passa,
esse poema de brisa.





Zé da cidade baixa
Zé da viela escura
Quem me procura acha
...
Seu moço não se assuste
Pois sei que a vida atura
Mas falo sem embuste

Moça desiludida
Pra ti trago a mensagem
Cheguei de outra vida

Entende dessa ponte
Uns falam, outros agem
Não interessa ondeVer mais







ROMARIA

Trilha do açude
Traz água amiga
... Paisagem rude
O sol castiga

Leva a mulata
Pesada jarra
Tem fé inata
Volta na marra

Seu estampado
Longe se vê
Tão delicado
Cobre você

De fortaleza
Com esperança
A luz acesa
Nunca se cansa


CALAZANS, André Chamun. Livro de Poesias inspiradas em pinturas: Arte que se completam.
Referências Bibliográficas:
CALAZANS, André Chamun. Livro de Poesias inspiradas em pinturas: Arte que se completam. Disponível em: http://www.movere.me/projeto/sobre/55-poesia pintada/;jsessionid=2D484524ADF4BC1811BB13351F5405D7 Acessado 12 de maio de 2012.

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Comunicação, artes plásticas, artes visuais, arquitetura, paisagismo, design,fotografia, internet e tecnologia. Disponível em: http://www.pitoresco.com.br/art_data/pintura/ Acessado em 12 de maio 2012.
Brasil, Assis - Vocabulário técnico de literatura. São Paulo: Tecnoprint, 1979
Adaptado por Spectrum. Disponível em http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/generos.htm

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Fotos da escola onde será desenvolvido o projeto

Fotos da escola onde será realizado o projeto interdisciplinar, Projeto Literatura e Arte: Expressando a poesia através da pintura.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Instituto Santa Juliana.

https://picasaweb.google.com/110703127476543393235/ProjetoInterdicisplinar2?authuser=0&authkey=Gv1sRgCNnF5sfu2pHZlwE&feat=directlink

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Projeto Literatura e Arte: Expressando a poesia através da pintura

Título
Projeto Literatura e Arte: Expressando a poesia através da pintura
Autora
Deijanira Rocha das Chagas


1. Apresentação do tema

O projeto compreende a uma abordagem interdisciplinar, trabalhando a Literatura e a Arte, mais especificamente a Poesia e a Pintura, sendo estas áreas de conhecimento bem diferenciadas, mas com muitas relações em comum, pois várias são as formas e meios pelos quais estudamos e compreendemos determinado conteúdo.
Assim, buscar um conteúdo que possa ser trabalhado nestas duas áreas de conhecimento, literatura e arte, é uma forma de fazer com que este conteúdo seja melhor assimilado, pois sendo este ensinado sob diferentes abordagens, com diferentes enfoques, torne-se mais efetivo.
Na literatura, trabalharemos somente um dos seus desdobramentos, o poema, sendo que este possui determinadas regras de composição, pois é um texto literário apresentado em forma de versos.
A arte não possui uma única definição, mas podemos defini-la como uma forma de expressão e comunicação do homem, onde o mesmo através de diferentes linguagens artísticas pode transmitir uma infinidade de elementos, sentimentos, fatos, objetos concretos, visuais, sensoriais e etc. Sendo a pintura umas dessas linguagens. A pintura é a técnica de empregar pigmentos a uma superfície, para colori-la, dando-lhe matizes, tons e texturas, pintar é a técnica de colorir uma superfície, seja o papel, uma tela, uma parede, um muro, dentre outras. A pintura se diferencia do desenho pelo uso de pigmentos líquidos e do uso constante da cor.
O tema que desenvolvido será a interpretação e compreensão de textos, de poemas que serão trabalhados, onde a capacidade de interpretação e compreensão dos poemas será trabalhada, tanto dentro do campo da literatura, através do estudo desse gênero literário, sua estrutura formal e significativa, como através da produção pictórica, onde o poema será representado, expressado através da pintura.

2. Motivação


Tornar os temas Poesia e Pintura, mais interessante ao público, buscar inovações, usando meios onde os alunos possam interagir e vivenciar melhor o conteúdo que estão estudando, nas duas áreas de conhecimento, trabalhando dessa forma, aliando a poesia e pintura, e assim teoria e prática nessas duas áreas do saber.

3. Objetivos

Geral

O projeto pretende promover uma abordagem interdisciplinar, envolvendo poesia e pintura, este buscará desenvolver em seu público alvo, a capacidade de compreensão e interpretação de textos, mais especificamente trabalhando com poemas, e buscará desenvolver também as habilidades cognitivas e motoras em arte, e através desse conteúdo criar obras, usando a pintura como linguagem de expressão.

Específicos
• Mostrar a relação entre poesia e pintura, através da abordagem interdisciplinar das duas áreas, em um mesmo conteúdo.
• Promover a aprendizagem de conteúdos referentes à poesia e a pintura.
• Desenvolver habilidades motoras e psíquicas nos alunos, através da produção artística.

4. Público alvo

O público alvo desse projeto serão alunos do ensino médio e ensino fundamental 2, visto que o tema aqui apresentado poderá ser trabalhado de uma forma mais ampla e mais complexa.
Acredito que o projeto levará a um aprimoramento e enriquecimento do conhecimento dos mesmos, como também possibilitará novas aprendizagens, a medida que o tema será trabalhado sob diferentes enfoques, baseados na literatura e na arte.

5. Metodologia


Primeiramente deve-se apresentar o projeto, explicando que este pretende fazer uma abordagem interdisciplinar entre literatura e arte, assim depois de explicar a intenção e o tema do projeto começar a execução do conteúdo teórico e prático.
A execução será divida em três momentos, no primeiro, estudaremos o poema, onde faremos a leitura dos poemas apresentados na aula, depois da leitura, explicar sobre a composição, a estrutura e o significado do poema.
No segundo momento faremos uma atividade, onde os alunos irão falar sobre a estrutura de um poema e também de suas impressões dos mesmos, esta será uma forma de se trabalhar o conteúdo baseados no estudo literário e de língua portuguesa.
No último momento, os alunos escolheram um dos poemas estudados, e irão expressar o que compreenderam do mesmo, qual seu significado, através da pintura, onde cada aluno irá desenvolver uma imagem de acordo com as explicações anteriores e com seu entendimento do poema.
Assim a avaliação das atividades será feita, levando em consideração participação, demonstração de assimilação do conteúdo, e desenvolvimento das atividades teóricas e práticas.

6. Instrumentos, materiais e técnicas a serem utilizados;

A técnica que será desenvolvida no trabalho prático será a da pintura. Os materiais serão lápis preto, tintas em diversas cores, papel comum de tamanho A4 e pincéis com espessuras variadas.

7. Referências

Os conceitos destacados neste projeto são as definições de poesia e poema, como também de pintura, além destes, a interpretação e compreensão dos textos trabalhados, e os gêneros poéticos, como também técnicas de pintura.
O projeto que será usado como referência, e que tem muito em comum com este a ser desenvolvido, é o projeto “Poesia Pintada” e tem com autor André Chamun Calazans.
É um projeto interdisciplinar para a criação de um livro de poesia, onde os poemas são criados a partir da interpretação de pinturas, já a metodologia usada aqui, será a criação de imagens, de pinturas a partir dos poemas.
Será usado o texto “Gêneros Poéticos”, Fontes site: www.regina.celia.nom.br que explana sobre a literatura e os gêneros poéticos, também serão usados exemplos de poemas de Vinicius de Morais e Fernando Pessoa, sendo estes: “Soneto de Separação” de Vinicius de Morais e “É um campo verde e vasto” de Fernando Pessoa, e obras de pintores como Tarsila do Amaral, Candido Portinari, dentre outros. Exemplos estes que serão apresentados como forma de melhorar a compreensão do público.
Textos e sites usados como referências para o projeto:
Projeto Poesia pintada
CALAZANS, André Chamun. Livro de Poesias inspiradas em pinturas: Arte que se completam. Disponível em: http://www.movere.me/projeto/sobre/55-poesia pintada/;jsessionid=2D484524ADF4BC1811BB13351F5405D7
ROIPHE, Alberto. Literatura e Artes Plásticas: Uma revisão bibliográfica do diálogo. Revista Lúmen Et Virtus, vol.I n° 1, janeiro 2010. Disponível em: http://www.jackbran.com.br/lumen_et_virtus/artigos/PDF/albertorophi1.pdf

Fala da relação de aproximação e também distanciamento da literatura e da arte, mais especificamente da poesia e da pintura.

Site www.regina.celia.nom.br
Brasil, Assis - Vocabulário técnico de literatura. São Paulo: Tecnoprint, 1979.
Adaptado por Spectrum. Disponível em: http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/generos.htm

Este fala sobre os gêneros poéticos, das características e formas de cada um deles.
MASINI, André Carlos Salzano. Algumas definições de poesia. 2007. Disponível em: http://www.casadacultura.org/Literatura/Poesia/O_que_e_Poesia_Artigos/algumas_definicoes_de_poesia_masini.html
“As definições de poesia foram tiradas do Anexo 1 da transcrição da palestra "Poesia e Tradução -- O papel e a importância da métrica regular na poesia; a tradução da poesia metrificada", proferida por André Carlos Salzano Masini na Casa da Palavra de Santo André, SP, no dia 27/06/2002. Elas não formam um artigo por si próprias, mas consideramos bastante útil colocá-las aqui, por trazerem uma importante contribuição para o assunto deste conjunto de artigos”.
PENSADOR. INF
Poemas de Vinícius de Morais. Disponível em: http://pensador.uol.com.br/poemas_vinicius_de_moraes/
www.mDaedalus.com
Poemas de Fernando Pessoa. Disponível em:
http://pessoa.mdaedalus.com/fernando-pessoa178.html
















quinta-feira, 17 de maio de 2012

Projeto desenvolvido na disciplina de Atelier de Produção Interdisciplinar


O projeto consiste em uma apresentação dos aspectos artísticos e culturais presentes no Arraial da Igreja Católica da cidade de Sena Madureira. Esta é uma festa tradicional da cidade de Sena Madureira-Acre, comemorada há mais de 35 anos, é uma festa cristã, que busca promover a fé, mas também incentiva e transmite diversas linguagens artísticas, como a música, as comidas típicas, as brincadeiras, os jogos, a ornamentação, etc.; com isso atinge um grande público, sendo este dividido em fiéis da igreja, e também pessoas de outros setores da comunidade, que são atraídos pelo lazer e pela diversão proporcionada pelo evento.
A festa chamada de arraial é inspirada nas tradicionais festas juninas ou arraiais, como são conhecidas em outras regiões do país, porém, em nossa cidade foram adaptados e incluídos outros aspectos diferenciados, como as celebrações religiosas que acontecem antes do início da festa, as comidas, as brincadeiras e outros aspectos foram modificados, tornando-se assim uma festa religiosa própria de nossa cidade, mas que é também feita para todos os tipos de público, desde que respeitando o cunho religioso da mesma.
Execução do projeto


O trabalho artístico foi desenvolvido inspirado na festividade Arraial da Igreja Católica, feito através da técnica da pintura com tinta a base d‘agua, sendo a tinta utilizada a guache, são pinturas figurativas, no total de três (3), que representam os momentos da festa, os ritos dentro da igreja, as comidas, a ornamentação, as brincadeiras, o público, enfim, situações que representam essa festa. As pinturas foram feitas sobre telas (placas) de madeira, com dimensões de 50x60 cm. Primeiramente fiz o esboço do desenho em uma folha de papel, depois olhando para o esboço fiz a mesma imagem na tela de madeira, só que em tamanho maior, seguindo as dimensões da tela, para depois então fazer a pintura usando as tintas.
As imagens foram produzidas através da lembrança visual que tenho e do conhecimento e vivência própria que tenho dessa festa, como também do registro visual em fotografias que eu mesma fiz, assim, as pinturas foram feitas de forma que leve o espectador, observador, a reconhecer e entender como essa festa religiosa e cultural é produzida. As imagens produzidas serão figurativas realistas, pois representaram pessoas, objetos e paisagens da festa, de forma que estas se aproximem da realidade, para que o expectador consiga identificar, conhecer e reconhecer as imagens que está vendo.
Produzirei minhas obras tendo como referência alguns artistas que admiro muito, como Di Cavalcante e Djanira da Motta e Silva, ambos produzem obras figurativas, com temáticas diversas.
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti pintor, desenhista, ilustrador e caricaturista brasileiro, em suas obras me inspiro em algumas temáticas, como as questões sociais que o mesmo abordava, como as festas populares, também no uso das cores que são sempre muito marcantes, valorizando a diversidade de cores nos personagens retratados.
A artista Djanira da Motta e Silva foi pintora, desenhista, ilustradora, cartazista, cenógrafa e gravadora brasileira, foi também autora de grandes obras que retratam paisagens, pessoas, objetos e cenas da sociedade e do cotidiano brasileiro. Suas obras me inspiram nas temáticas, nas formas e cores usadas para compor as imagens.
Esses artistas possuem estilos diferentes, porém, ambos produziram imagens figurativas realistas, em suas obras a temática das questões socais brasileiras estavam sempre presentes, como as festas populares, religiosas, os trabalhadores, o cotidiano das pessoas, entre outros. Assim, minhas obras serão inspiradas em seus trabalhos, nas temáticas, nas formas, nas cores, mas com minha visão e forma própria de desenvolver minhas imagens.

Disciplina Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2_ Poesia e Desenho

Estou Cansado

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.


Fernando Pessoa


Desenho criado inspirado no poema.